A população e as atividades económicas
A população
No
século XIII, a população portuguesa era cerca de um milhão de habitantes, que
se concentrava mais no litoral norte.
O aumento da população fez com que se construíssem novas muralhas para proteger todos os moradores das cidades.
As atividades
económicas
É a partir
dos recursos naturais de cada região que se formam as várias atividades
económicas. Chama-se atividade económica
ao conjunto dos trabalhos realizados pelo Homem a partir dos recursos
existentes, para utilizá-los na satisfação das suas necessidades.
A agricultura era a principal atividade
económica da população portuguesa na Idade Média, logo seguida da criação de gado.
A agricultura
era a principal atividade do povo.
A criação de
gado.
Na agricultura produzia-se: cereais –
cevada, centeio, trigo, aveia e milho-miúdo; vinho e azeite; legumes e frutos;
linho.
Na pecuária / criação de gado: Criavam-se:
ovelhas e cabras; patos e gansos; porcos, bois e cavalos; recolhiam-se: lenha e
madeira; cortiça; mel e cera.
Para aumentar a produção agrícola introduziram-se algumas
inovações europeias, como: a charrua; uma melhor adubação das terras.
A charrua - permitia
revolver melhor a terra, aumentando assim a produção.
A pesca e a salicultura (a extração de sal) eram,
também, atividades muito importantes.
Pesca
Salicultura
Além da agricultura e da pecuária, o artesanato era outra importante atividade económica.
Nos campos, os camponeses faziam os instrumentos que
necessitavam no seu dia-a-dia. Eram feitos à
mão ou com o auxílio de ferramentas muito simples. As matérias-primas eram por
exemplo: o barro, o vime, a cera, a pedra, a madeira, a cortiça, o linho, a lã
e as peles.
Nas cidades, havia já ofícios especializados, como ferreiros, tecelões e
carpinteiros.
Oficina de alfaiate.
Ferreiro
Tecelões
O desenvolvimento destas atividades aumentou as trocas
comerciais (o comércio). Os produtos
eram levados de terra em terra por pequenos mercadores – os almocreves.
Almocreve - pequeno comerciante que
transportava de terra em terra e de feira em feira as suas mercadorias.
No entanto, também havia lugares fixos de comércio: os mercados (de menor dimensão) e as feiras.
As feiras realizavam-se
periodicamente (semanais, mensais ou anuais). Aí ocorriam os camponeses e os
almocreves.
O rei recebia os impostos pagos
pelos vendedores e compradores. Os reis também criaram algumas feiras francas – feiras livres de
impostos.
A criação de feiras contribuiu
para o desenvolvimento do comércio interno, isto é, o comércio realizado
dentro do País. No entanto, por esta altura, os portugueses também comerciavam
com outros países – comércio externo.
Feira medieval.
Exportações: o que se vendia
para o estrangeiro (sal e peixe seco, vinho, azeite e fruta, cera e mel,
peles);
Importações: o que se comprava ao estrangeiro (cereais,
tecidos, especiarias, metais, armas e objetos de adorno)
Para proteger o comércio marítimo, o rei D. Dinis criou a Bolsa
dos Mercadores (uma espécie de “seguro” que pagava aos mercadores os
prejuízos de naufrágio ou ataques de navios-piratas).
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