quarta-feira, 4 de março de 2015

A população e as atividades económicas

A população

No século XIII, a população portuguesa era cerca de um milhão de habitantes, que se concentrava mais no litoral norte.

O aumento da população fez com que se construíssem novas muralhas para proteger todos os moradores das cidades.

 
As atividades económicas

É a partir dos recursos naturais de cada região que se formam as várias atividades económicas. Chama-se atividade económica ao conjunto dos trabalhos realizados pelo Homem a partir dos recursos existentes, para utilizá-los na satisfação das suas necessidades.

A agricultura era a principal atividade económica da população portuguesa na Idade Média, logo seguida da criação de gado.


A agricultura era a principal atividade do povo.

A criação de gado.
 
Na agricultura produzia-se: cereais – cevada, centeio, trigo, aveia e milho-miúdo; vinho e azeite; legumes e frutos; linho.
Na pecuária / criação de gado: Criavam-se: ovelhas e cabras; patos e gansos; porcos, bois e cavalos; recolhiam-se: lenha e madeira; cortiça; mel e cera.
Para aumentar a produção agrícola introduziram-se algumas inovações europeias, como: a charrua; uma melhor adubação das terras.
 


A charrua - permitia revolver melhor a terra, aumentando assim a produção.
 

A pesca e a salicultura (a extração de sal) eram, também, atividades muito importantes.
Pesca


Salicultura


Além da agricultura e da pecuária, o artesanato era outra importante atividade económica.

Nos campos, os camponeses faziam os instrumentos que necessitavam no seu dia-a-dia. Eram feitos à mão ou com o auxílio de ferramentas muito simples. As matérias-primas eram por exemplo: o barro, o vime, a cera, a pedra, a madeira, a cortiça, o linho, a lã e as peles.
Nas cidades, havia já ofícios especializados, como ferreiros, tecelões e carpinteiros.
Oficina de alfaiate.
Ferreiro
Tecelões

O desenvolvimento destas atividades aumentou as trocas comerciais (o comércio). Os produtos eram levados de terra em terra por pequenos mercadores – os almocreves.
Almocreve - pequeno comerciante que transportava de terra em terra e de feira em feira as suas mercadorias.

No entanto, também havia lugares fixos de comércio: os mercados (de menor dimensão) e as feiras.

As feiras realizavam-se periodicamente (semanais, mensais ou anuais). Aí ocorriam os camponeses e os almocreves.
O rei recebia os impostos pagos pelos vendedores e compradores. Os reis também criaram algumas feiras francas – feiras livres de impostos.

A criação de feiras contribuiu para o desenvolvimento do comércio interno, isto é, o comércio realizado dentro do País. No entanto, por esta altura, os portugueses também comerciavam com outros países – comércio externo.

 
Feira medieval.
 
 
 As rotas comerciais no século XIII.
Exportações: o que se vendia para o estrangeiro (sal e peixe seco, vinho, azeite e fruta, cera e mel, peles);                        
Importações: o que se comprava ao estrangeiro (cereais, tecidos, especiarias, metais, armas e objetos de adorno)
Para proteger o comércio marítimo, o rei D. Dinis criou a Bolsa dos Mercadores (uma espécie de “seguro” que pagava aos mercadores os prejuízos de naufrágio ou ataques de navios-piratas).
 
 
 

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